Os dentes anteriores e posteriores tratados com restaurações pós e posteriores apresentam taxas de insucesso semelhantes? Uma revisão sistemática e meta-análise

Declaração do problema: A associação entre tipo de dente, localização na arcada dentária e seleção de um sistema pós e núcleo para dentes tratados endodonticamente não é clara. São necessárias informações sobre a influência desses parâmetros na taxa de falha dos dentes tratados com restaurações pós e essenciais.

Objetivo: O objetivo dessa revisão sistemática e dessa meta-análise foi avaliar as evidências disponíveis sobre as taxas de falha dos dentes anteriores e posteriores tratados com restaurações pós e essenciais.

Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa no PubMed, Scopus, Web of Science, base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Biblioteca Brasileira de Odontologia, Cochrane Library e Gray para ensaios clínicos randomizados, comparando as taxas de falha de dentes anteriores e posteriores tratados com restaurações pós-núcleo. O risco da ferramenta de viés da Colaboração Cochrane foi utilizado para avaliação da qualidade dos estudos.

Resultados: A estratégia de busca identificou 2526 artigos e 6 estudos foram incluídos na meta-análise. Na maioria dos estudos, não foi encontrada diferença na taxa de falha das restaurações pós e posteriores em dentes anteriores e posteriores. A taxa de risco para dentes anteriores versus posteriores foi de 1,06 (intervalo de confiança de 95%, 0,69-1,64; P=,79). A relação de risco para incisivos versus caninos foi de 3,08 (IC 95%, 0,56-17,04; P=,20) e para pré-molares versus molares foi de 0,45 (IC 95%, 0,12-1,74; P=,25). A relação de risco para postes pré-fabricados de fibra de vidro em dentes anteriores versus posteriores foi de 1,13 (IC 95%, 0,61-2,09; P=,70) e para postes metálicos foi de 1,10 (IC 95%, 0,64-1,91; P=,72).

Conclusões: As taxas de falha nos dentes anteriores e posteriores tratados com restaurações pós e núcleos foram semelhantes no seguimento de curto a médio prazo. São necessários estudos clínicos mais bem desenhados, comparando as taxas de sobrevida e falha dos dentes anteriores e posteriores tratados com restaurações pós e posteriores com tempos de seguimento mais longos.

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