Civilização Maia
A partir do segundo milénio a.C., a civilização Maia foi uma força colossal a ser contabilizada na Mesoamérica por cerca de 3.000 anos. Esta civilização centro-americana podia se gabar de cidades-estado poderosas como Mirador, Uzmal, Kaminaljuyu, e Chichen Itza.
Estruturas e pirâmides de pedra magníficas, que eram freqüentemente usadas para fins religiosos, muitas vezes graciosas a paisagem dessas cidades. Arqueólogos argumentam que a civilização Maia foi talvez a única civilização nas Américas a ter uma linguagem escrita avançada. Este feito deles, assim como de muitos outros, foi parte da razão pela qual os maias foram tão dominantes na região até a chegada dos espanhóis em 1519 CE.
Quando exatamente a civilização maia começou e terminou? Como a cultura Maia evoluiu durante esses séculos de anos? Para descobrir as respostas a estas perguntas, a História Mundial Edu apresenta uma linha do tempo completa da Civilização Maia abaixo:
Olmec (1200-1000 a.C.)
11,000 a.C. – As terras altas e baixas Maia recebem os primeiros caçadores-colectores.
3,114 a.C. – Segundo os Maias da região, o mundo é criado.
2600 a.C. – A civilização Maia nasce, à medida que o povo se torna mais organizado e corporativo entre si.
Early Pre-classic Maya (1800-900 a.C.)
2000 a.C. – A civilização Olmec emerge como o grupo dominante de pessoas na costa do Golfo do México; e dessas pessoas, emerge a civilização Maia juntamente com uma série de aldeias agrícolas.
1500 a.C. – A civilização Olmeca continua a desenvolver-se
1000 a.C. – Assentamentos antigos relativamente avançados como Chalchuapa e Copan começam a ter grande impacto na região.
Médios Precláicos Maias (900-300 a.C.)
700 a.C. – Os maias desenvolvem a escrita.
600 a.C. – Grandes edifícios e monumentos surgem em cidades como El Mirador; a agricultura e o comércio interno se intensificam, o que resulta num boom populacional.
550 a.C. – Um assentamento próspero em Tikal surge.
400 a.C. – A cultura e a economia parecem estar em constante progresso na região, calendários solares (esculpidos em pedras) emergem adequadamente.
Maia Pré-clássica tardia (300 a.C. – 250 d.C.)
300 a.C. – À medida que a cultura floresce, uma estrutura social clara emerge com os reis e nobres firmemente colocados no topo da hierarquia social e econômica.
100 a.C. – A famosa cidade-estado de Teotihuacan (localizada no Vale do México) vem a ser o centro cultural, econômico e religioso da região.
50 a.C. – Magníficas pirâmides e estruturas de pedra (ou seja, templos, cortes reais e centros comunitários) começam a ser construídas, muitas delas na cidade de Cerros.
100 d.C. – Cidades como Cerros e outras cidades culturalmente significativas dos Olmecs começam a desaparecer
Early Classic Maya (250 d.C. – 600 d.C.) – o início da era dourada dos maias
400 d.C. – Teotihuacan, uma cidade-estado, introduz novas formas de fazer as coisas, em termos de práticas religiosas e linguagem; ao fazer isso, eles começam a fazer reivindicação legítima como a cidade mais dominante no planalto Maia.
500 D.C. – Com o declínio de Teotihuacan, a cidade Maia de Tikal emerge forte e próspera, roubando os recursos de Teotihuacan. Novas formas de sacrifícios bárbaros e humanos também surgem em Tikal, que por sua vez estimula Tikal a subjugar as cidades vizinhas.
560 D.C. – O domínio de Tikal na região é terminado por uma aliança formada por outras cidades-estado, incluindo a cidade-estado de Calakmul.
Late Classic Maya (600 D.C. – 900 D.C.)
600 D.C. – Teotihuacan e seu povo desaparecem da face da terra por razões desconhecidas até hoje. Isto abre o caminho para a civilização de Tikal, que pode gabar-se de cerca de meio milhão de pessoas, para liderar novamente a Mesoamérica.
600 d.C. – Os líderes da Caracol dirigem a sua cidade-estado numa força muito poderosa.
683 d.C. – O poderoso e venerado Imperador Pacal está enterrado. Pacal viveu até a idade madura de 80.
751 d.C. – A região da Mesoamérica está mergulhada no caos e no declínio, à medida que as guerras entre cidades se tornam a norma do dia. Como resultado, o comércio e o crescimento económico invertem-se, deixando a região numa situação deplorável.
867 D.C. – Tikal declina bruscamente**; a cidade já não está devidamente organizada para poder reunir recursos e o desejo de colocar edifícios. Por volta de 900 d.C. a cidade, juntamente com suas cidades vizinhas da planície sul, torna-se uma cidade fantasma, inaugurando no final do Período Clássico da civilização Maia.
* * Como é comum com o declínio das civilizações antigas, as razões para o declínio de Tikal e Teotihuacan são um enigma completo para os arqueólogos até os dias de hoje.
Pós-clássico Maia (900-1500)
Durante o período Maia pós-clássico, Chichen Itza foi a cidade mais dominante na região norte Maia
900 D.C. – As cidades na parte norte de Yucatán prosperam por alguns séculos. A mais proeminente dessas cidades foi a cidade-estado de Chichen Itza, que dominou a região por mais de dois séculos.
1200 d.C. – A população e as atividades econômicas no norte dos maias decrescem, e finalmente, essas cidades tornam-se desinibidas.
1224 d.C. – Algumas décadas após o desaparecimento das cidades no norte, os toltecas deixam, em hordas, a cidade de Chichén Itzá. Aos que restam juntam-se pessoas como o Uicil-abnal (mais tarde passam a ser conhecidos como Itzá.
1243 D.C. – Por razões desconhecidas até hoje, o povo de Uicil-abnal (i.e. o Itzá) abandonam Chichén Itzá.
1250 – Chichen Itza é abandonado.
1263 D.C. – O povo Itzá reúne recursos e constrói a cidade de Mayapán. Durante os próximos dois séculos, Mayapán cresce tremendamente e torna-se o centro cultural e econômico de Yucatán.
1441 d.C. – Os líderes de Mayapán são derrubados; a instabilidade política que se segue causa imensa destruição, forçando os habitantes a abandonar a cidade algumas décadas depois.
1462 d.C. – O desaparecimento de sua capital – Mayapán – dá um enorme golpe na unidade de Yucatán. O reino se fratura em mais de uma dúzia de estados em guerra.
As divisões entre os maias deixam a região despreparada para a chegada dos conquistadores espanhóis.
Período colonial (1500-1800)
1511 D.C. – Gonzalo Guerrero, um marinheiro espanhol, encontra problemas no mar. Guerrero naufraga e, felizmente, segue para a costa de Yuncatán. Para sobreviver, ele abraça a cultura maia e até se casa com a nobreza maia. Guerrero continuaria apoiando os maias em sua resistência ao controle espanhol na região.
1517 A.D. – Um navio espanhol, liderado por Hernandez de Córdoba, entra em contato com Yucatán. O conquistador explora a região. E como esperado, os dois lados entram em guerra e Córdoba, assim como muitos outros, perece na batalha.
Did you know: A civilização Maia não só tem que enfrentar as proezas militares superiores dos espanhóis, mas também doenças muito mortais (i.e. varíola, sarampo e gripe) trazidas da Europa para as suas costas? Essas doenças eliminariam mais de 90% da população nativa da região.
1519 – O famoso conquistador espanhol Hernán Cortés se aventura na região de Yucatán.
1524 – O Itzá continua sendo um dos poucos lugares ainda a ser conquistado por Hernán Cortés.
1541 – O povo maia e as várias cidades-estado da região capitulam ao poder do Império Espanhol.
1542 – Mérida em Yucatán é feita a capital dos novos territórios da Espanha.
1695 – Perdido na selva espessa, o padre espanhol Padre Avedano tropeça nas ruínas de Tikal.
1712 – Os habitantes das terras altas de Chiapas revoltam-se contra o governo mexicano*.
1742 – O brutal sistema de Ecomienda é abolido. O sistema encorajou os ricos barões espanhóis da região a forçar os nativos a trabalhos forçados.
*O atrito entre os habitantes do planalto de Chiapas e o governo mexicano durou até os anos 90.
México Independente (1821 até hoje)
1821 – O México assegura a sua independência da Espanha. Com a independência do México em 1821, os maias recebem melhor proteção em relação aos que receberam durante o domínio espanhol.
1822 – Após a publicação das explorações de Antonio del Rio, mais e mais europeus ficam curiosos sobre as antigas cidades perdidas da civilização Maia.
1839 – Exploradores dos Estados Unidos e Inglaterra embarcam em explorações em regiões profundas dos maias. As revelações do advogado americano John Lloyd Stephens e do estudioso inglês Frederick Catherwood despertam maior interesse na civilização e cultura Maia.
1847 – O marechal de Yucatán uma forte e feroz revolta contra o governo mexicano durante a Guerra das Castas. Yucatán esteve tão perto de vencer o exército mexicano.
1850-1860 – A Grã-Bretanha arma secretamente o povo Maia enquanto eles cozinham outra rebelião contra os colonos brancos, principalmente na região.
1864 – Ocorre a descoberta de uma antiga placa de jade; a placa tinha a data 320 D.C.
1880 – A marginalização do povo Maia continua enquanto o governo central os relega a condições horríveis de trabalho nas plantações. Ao fazer isso, o povo Maia começa a jogar fora suas tradições e cultura, algumas das quais datam de 2000 a.C.
1910 – A Revolução Mexicana ocorre.
1946 – Seguindo a interação de Giles Healey com os nativos de Bonampak, surgem outras revelações sobre a civilização Maia. Giles teve a rara honra de ser mostrado as magníficas pinturas murais em Bonampak.
1952 – Liderados por Alberto Ruz, exploradores e arqueólogos descobrem o túmulo de Pascal dentro de uma pirâmide Maia. Esta descoberta dissipa a noção de que as pirâmides Maia foram construídas para fins religiosos, ao contrário das do antigo Egito.
1960-1970s – Após a imensa publicidade sobre as várias descobertas na região, pessoas inescrupulosas começam a saquear a região, roubando artefatos Maia inestimáveis.
1992 – A mais célebre exportação da região, Rigoberta Menchu, é agraciada com o Prêmio Nobel da Paz. Menchu, uma ativista dos direitos humanos/civilistas de Quinché Maya, foi muito eficaz na conscientização da situação e do sofrimento de seu povo nas mãos dos esquadrões da morte.