Quando o arqueólogo britânico Howard Carter abriu um sarcófago no Vale dos Reis do Egito pela primeira vez, em 16 de fevereiro de 1923, ele alimentou intrigas e mistérios sobre um antigo rei menino egípcio. Quem era o rei Tutankhamun, o ocupante da câmara funerária que governou há 3.300 anos, e como morreu aos 19?
Carter não tinha resposta na época, mas as modernas tecnologias forenses e médicas descobriram detalhes que fornecem pistas sobre o que pode ter atormentado o rei Tut antes de sua morte. Testes de DNA e exames de tomografia computadorizada (TC) mostraram que ele sofria de malária, uma perna inferior fraturada e deformidades congênitas associadas à consanguinidade que era comum entre a realeza egípcia.
Especialista em múmia suíça Frank Rühli observou em 2014 que, nos anos desde a descoberta do túmulo do rei Tut, muitos pesquisadores, acadêmicos e amadores e egiptólogos chegaram a teorias sobre o que acabou por matar o rei menino. Em cada caso, no entanto, as evidências eram interessantes, mas não convincentes.
As tomografias de Tutankhamun encontraram uma fenda palatina e uma cabeça bastante longa, assim como uma coluna vertebral curva e fusão das vértebras superiores, que são condições associadas com a síndrome de Marfan. Mas os testes de DNA em 2010 deram negativo para esse diagnóstico.