Após o assassinato prematuro do imperador Pertinax, o Império Romano foi lançado num estado de caos. A guarda pretoriana, que tinha orquestrado o assassinato, colocou o trono imperial em leilão. Didius Julianus ganhou a licitação, tornando-se imperador, mas apesar disso, ainda havia três generais lutando pelo trono.
Esses três generais eram Clodius Albinus, do exército britânico, Pescennius Niger, do exército sírio, e Septimius Severus, do exército panoniano. Cada homem estava no comando de três legiões. E todos tinham os seus olhos no mesmo prémio. Mas apenas um viria reclamá-lo.
Septimius Severus nasceu em 11 de Abril de 145 d.C., em Lepcis Magna, na Líbia. Na época, a África era uma província do Império Romano. Pouco depois do seu 18º aniversário, Severus veio para Roma, onde foi nomeado Senador por Marcus Aurelius. Depois de várias nomeações civis e militares, ele alcançou o cargo de governador da Alta Panónia em 191. Isto foi apenas dois anos antes da ascensão do Imperador Julianus.
Após ouvir a notícia do assassinato de Pertinax, Severus, ainda estacionado na Panónia, reuniu as suas forças. Ele queria vingança contra os guardas pretorianos. Seu plano era vingar Pertinax, remover Julianus, e ser declarado imperador pelo senado e pelo povo de Roma.
A localização de sua província, Ilyricum (Albânia moderna, Montenegro, Bósnia-Herzegovina, e Croácia) deu a Severus um acesso mais próximo à Itália, colocando-o em vantagem sobre seus concorrentes, Albinus (também de origem africana) e Níger.
Severus foi um homem criado para lutar. De baixa estatura, mas forte de espírito e militarmente robusto, ele era amado e elogiado pelas suas tropas. Por sua ajuda para ajudá-lo a “retomar Roma”, Severus prometeu aos seus soldados um pagamento maior: o dobro da quantia que Julianus havia pago pelo trono. Resistindo à comida e ao descanso, Severus passou muitas noites sem dormir marchando à frente de seu exército.