Os autores revisaram retrospectivamente 48 pacientes tratados no Hospital Universitário Nacional de Seul (SNUH) entre 1986 e 1995. Havia 35 crianças e 13 adultos, representando 10,1% de 345 tumores pediátricos e 0,68% de 1914 tumores cerebrais adultos no SNUH durante o mesmo período. Os 48 casos consistiram de 33 casos de tumor de células germinativas (69%, TCG); 6 de pineoblastoma (PB, 12,5%); 3 de pineocitoma (PC, 6,3%); 3 de astrocitoma anaplásico (6,3%); 1 de astrocitoma; 1 de glioblastoma; e 1 de ependymoma. A mediana da idade foi de 13 anos (variação de 1-59) e a relação homem-mulher foi de 3,36:1. O sintoma mais frequente foi devido ao aumento da pressão intracraniana (90%), seguido pela síndrome de Parinaud ou diplopia (50%). Pacientes com tumor benigno, como teratoma (ET), astrocitoma ou ependymoma, foram operados pela abordagem transtentorial occipital (OTT) para tentativa de ressecção radical sem terapia adjuvante, enquanto pacientes com teratoma imaturo (imTE), PC e astrocitoma anaplásico foram submetidos à radioterapia regional (RT) após descompressão por OTT. Sete pacientes com TCG não germinomatosos malignos (NG-MGCT) e 3 com germinoma (GE) foram submetidos somente à radioterapia craniospinal, 6 com GE, uma NG-MGCT e 2 com GE+TE receberam radioterapia craniospinal (TRC) após o descascamento via OTT. Três pacientes com GE, 4 com NG-MGCT e 3 com PB foram submetidos a radiochemoterapia após o descascamento via OTT. Quarenta e quatro pacientes foram acompanhados após o tratamento. O tempo médio de seguimento foi de 36 meses. Todos os pacientes com GE estavam vivos após RT aos 36 meses (mediana) de seguimento (variação de 7-70 meses). Todos os pacientes com GE+TE e TE estavam vivos. Três pacientes com PC ou astrocitoma também estavam vivos, com estabilidade ou sem evidência de doença. Em 1 dos 3 casos de imTE, houve recidiva. No entanto, 4 pacientes com NG-MGCT morreram, todos os quais foram submetidos apenas à TSCT; 2 pacientes PB estavam vivos (12, 19 meses), 1 em estado moribundo (36 meses) e 2 estavam mortos (6, 60 meses). O tempo médio de sobrevida global com tumores pineais foi de 66 meses e a taxa de sobrevida de 3 anos foi de 84% com o mínimo de complicações pós-tratamento. Conclui-se que os tumores da região pineal têm predominância masculina e infantil e que o tumor mais comum é o TCG. A maioria dos tumores da região pineal são malignos. Os tumores da região pineal podem ser abordados de forma segura e eficaz e as complicações cirúrgicas são em sua maioria transitórias. Seu prognóstico é dependente das patologias e modalidades de tratamento.