Victoriano Huerta – Pancho Villa : O Homem que Mudou o México

Por todos os relatos históricos, Victoriano Huerta era um bêbado, um mentiroso, um ladrão, e um traidor. A maioria das pessoas consideram-no o pior vilão da revolução mexicana. Embora ele tenha lutado ao lado de Francisco I. Madero, e defendido a presidência de Madero contra várias revoltas (incluindo a engendrada por Pascual Orozco), ele acabou traindo Madero. Depois disso, Huerta tornou-se presidente. Quando ele próprio foi derrubado em 1914, ele foi para a Europa, e depois voltou aos Estados Unidos para conspirar outro golpe com seu antigo inimigo, Pascual Orozco. Ele jamais voltaria ao México.
Huerta nasceu em Jalisco, perto do centro do México e estudou no Colegio Militar (a academia militar) na Cidade do México. Tornou-se general no exército federal do ditador Porfirio Díaz, mas quando Díaz foi derrubado e Madero tornou-se presidente, Huerta permaneceu no exército federal, servindo Madero.
Nessa qualidade, Huerta lutou contra os Zapatistas, mas Madero o removeu, pensando que os Zapatistas responderiam melhor à abordagem diplomática de Felipe Ángeles, outro general que tinha servido originalmente a Díaz, e depois se voltou para Madero. A fúria cresceu entre Huerta e Madero, e como o embaixador dos EUA, Henry Lane Wilson começou a duvidar da capacidade de Madero de manter a ordem, Huerta orquestrou um golpe com a bênção de Wilson. Huerta foi capaz de remover – e finalmente assassinar – o presidente Francisco Madero e o vice-presidente Pino Suarez.
Como presidente, Huerta ganhou tanto o ódio dos mexicanos que não queriam outro, e ainda mais feroz, ditador depois de Díaz, quanto a desconfiança do governo dos EUA. O novo presidente americano, Woodrow Wilson, lembrou Henry Lane Wilson e ordenou que o porto mexicano de Veracruz fosse tomado quando foi descoberto que navios alemães estavam trazendo armas (ironicamente, armas americanas) para Huerta.
A tomada de posse durou mais do que o restante da presidência de Huerta – que terminou em julho de 1914, às vésperas da entrada da Europa na Primeira Guerra Mundial. Ele foi forçado ao exílio como os “Constitucionalistas”, as forças combinadas de Venustiano Carranza, Álvaro Obregón e Francisco Villa derrotaram suas tropas federais em batalhas por toda a metade norte do país.
Huerta viajou pela Europa por um curto período de tempo, mas chegou aos EUA em 1915, planejando outro golpe. A certa altura, encontrou-se com o seu velho inimigo, Pascual Orozco, e exploraram juntos a possibilidade de regressarem juntos à Cidade do México, e recuperarem o poder.
Não era para ser. Huerta e Orozco foram ambos presos no Novo México, perto da fronteira com o Texas. Embora Orozco tenha escapado (e tenha sido subsequentemente morto, tentando regressar através da fronteira), Huerta nunca recuperou totalmente a sua liberdade, e morreu em território americano no início de 1916 — de cirrose hepática.

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